Aquele lápis usado para fazer rabiscos no canto da folha de papel quebrou a ponta,
não há apontador por perto e a borracha foi passada.
Percebo entre as linhas, que fui e sou apenas mais uma linha no seu caderno.
Maldito Novembro, cinza, chuvoso e doloroso.
Segundas-feiras, microondas e blusa desconhecida no corpo,
dói, expõem desprezo e indiferença!
Mais gotas de chuva!
Maldito Novembro.
Quadro-negro borrado de poeira branca e alergica,
notas musicais sem compaso, vindas da fanfarra da sala ao lado.
Trazem sonoridade doentia, gosto de sangue.
Já não ouço mais a voz do mestre,
o vázio chega ser tão ruim quanto o silêncio!
Maldito Novembro,
que me faz avaliar a paz distante.